A Independência do Brasil é fruto de um período turbulento provocado pela Revolução Francesa, a colônia mais próspera do império português não teria como não ser impactada. Devida as proporções que o Brasil já apresentava desde o século XVII já havia organizações relativamente independentes em nosso território e consequente uma realidade social e cultural com suas peculiaridades. Porém, o processo de independência seguiu de uma forma sem precedente, iniciado em 1808 com o advento do aparelho estatal português para a Terra de Vera Cruz.
A independência em 1822 não necessitou criar um Estado novo, usufruíamos de uma capacidade estatal ainda não conhecida em território americano com elevado destaque para a existência de forças armadas profissionais, garantindo um elemento bastante importante na consolidação da nação brasileira, sua unidade território defendida de forma organizada e profissional.
Neste contexto, que é reflexo das guerras napoleônicas na Europa, o profissionalismo importado burocrático e militar, um território economicamente prospero, nasce a independência do Brasil.
A independência política de Portugal inicia a consolidação da liberdade econômica e social. Fim do regime escravocrata, o país era predominantemente rural e agrário e se tornou uma sociedade urbana, industrial e de serviços, uma nação predominantemente de analfabetos em 1822 pode ostentar a queda para menos de 10%, e o desenvolvimento técnico, cientifico e industrial chegou em um território onde não havia universidades.
A população brasileira cresceu 46,3 vezes, o PIB cresceu 704 vezes e a renda per capita cresceu 15,2 vezes, observamos fortes indicadores de prosperidade. Porém, nas ultimas 4 décadas, o PIB brasileiro encolheu em termos relativos. O país apresentou maior volume do PIB em termos absolutos, mas cresceu menos do que a economia internacional.
Diante de nós apresentam-se os elementos para a nossa plena independência, defender o legado de 160 anos de prosperidade em conformidade com as vitórias alcançadas nestes últimos 40 anos, principalmente a redemocratização.
Sim, a redemocratização fortalece o sufrágio universal trazendo o povo brasileiro para dentro dos ciclos políticos, possibilitando contribuir para o desenvolvimento politico, econômico e social da nação.
Sigo otimista, os 160 anos de desenvolvimento econômico nos mostra que sabemos como fazer e que a consolidação de nossa democracia representativa nos aponta em um desenvolvimento politico, econômico e social mais equilibrado em prol da nossa população. Reconheço cada importante passo dado no desenvolvimento da nação, e contesto a perspectiva de que sempre seriamos o país do futuro em alusão a obra Stefan Zwieg, não do futuro ou do passado, somos um país independente.
Por Gabriel Amaral - mestre em Administração de Empresas e professor da Republicana